top of page

A arte brasileira do século passado — em particular o modernismo, o concretismo e o neoconcretismo — constitui o foco de interesse do marchand e colecionador Paulo Kuczynski, que há cinquenta anos vem contribuindo para a formação de coleções privadas e institucionais no Brasil e no exterior.  

Kuczynski aprimorou seu olhar para identificar, no período mais fértil de cada artista, as melhores obras — como se sabe, o "fogo sagrado" criativo não ilumina o artista por toda a vida. E foi graças a esse olhar que alguns dos trabalhos mais relevantes de Volpi, Pancetti, Segall, Frans Krajcberg, Lygia Clark, Cildo Meirelles, Tarsila, Ismael Nery, Di Cavalcanti e Guignard, entre outros, passaram a integrar importantes acervos.

 

Marco zero do percurso de Kuczynski, a obra de Alfredo Volpi o acompanharia a partir da década de 1960, quando o marchand vendeu uma tela sua. Encarregado de comercializar outros quadros do pintor, ele se apaixonou pelas obras e as comprou, iniciando assim sua coleção particular. Volpi, com quem manteve uma relação muito próxima, frequentando seu ateliê por vinte anos, foi, pois, o estopim da dupla atividade de Kuczynski, a de colecionador e a de marchand.

 

Em 1974, Paulo Kuczynski tornou-se sócio de Gérard Loeb e os dois começaram a trabalhar juntos em um escritório de arte na alameda Lorena. Cinquenta anos depois, ainda no mesmo endereço, a galeria, agora ampliada depois da incorporação de um terreno adjacente, reabre suas portas ao público.

 

Incontáveis aquisições e vendas, mostras e publicações de Paulo Kuczynski em suas cinco décadas de atividade incluíram, em  2019 —  para citar apenas as mais recentes —,  a venda ao MoMA de A Lua, de Tarsila do Amaral. A obra, datada de 1928, foi a primeira da artista a integrar o acervo do museu, posicionando-a entre importantes nomes do modernismo internacional. Em 2023, com "A coleção imaginária", exposição no Instituto Tomie Ohtake, ele nos apresentou um panorama da arte brasileira a partir de peças que passaram por suas mãos. E em 2024 trouxe ao Brasil o quadro A viúva, de Segall, que, confiscado pelos nazistas em 1937 e dado por perdido, reaparecera em Paris.

 

Comandada por Paulo Kuczynski, Anita Kuczynski e Alexandre Santos Silva, a PK Galeria de Arte, agora maior, segue oferecendo obras que sublinham seu protagonismo ao garimpar as melhores produções de artistas que marcaram a história da arte brasileira.

Alexandre Santos Silva, Paulo e Anita Kuczynski (créditos: Denise Andrade)

bottom of page